quarta-feira, dezembro 01, 2004

Direita/esquerda

À direita a cabeça, o coração à esquerda,
sina difícil que me coube em sorte.
Inútil é, porém, forçar a estrela:
serei assim até à morte.

Por entre enganos, glórias e derrotas,
fura-vidas na luta do destino,
abro, para as fechar, todas as portas
que me aparecem no caminho.

Mas sei, de ciência certa,
quanto, podendo dar-me, não me dei:
a consciência desperta
diz-me onde, errando, não errei.

("Destino do Mar", 1991)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Simplesmente magnífico. Parabéns!

1:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns. Por um acaso tomei conhecimento do seu blog. Belíssima a sua poesia.

Ricardo Pontes
Lisboa

3:29 da tarde  

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