Direita/esquerda
À direita a cabeça, o coração à esquerda,
sina difícil que me coube em sorte.
Inútil é, porém, forçar a estrela:
serei assim até à morte.
Por entre enganos, glórias e derrotas,
fura-vidas na luta do destino,
abro, para as fechar, todas as portas
que me aparecem no caminho.
Mas sei, de ciência certa,
quanto, podendo dar-me, não me dei:
a consciência desperta
diz-me onde, errando, não errei.
("Destino do Mar", 1991)
sina difícil que me coube em sorte.
Inútil é, porém, forçar a estrela:
serei assim até à morte.
Por entre enganos, glórias e derrotas,
fura-vidas na luta do destino,
abro, para as fechar, todas as portas
que me aparecem no caminho.
Mas sei, de ciência certa,
quanto, podendo dar-me, não me dei:
a consciência desperta
diz-me onde, errando, não errei.
("Destino do Mar", 1991)
2 Comments:
Simplesmente magnífico. Parabéns!
Parabéns. Por um acaso tomei conhecimento do seu blog. Belíssima a sua poesia.
Ricardo Pontes
Lisboa
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