Portugueses
Feira
da Ladra
Foto TL
Desistem facilmente.
Nada do que começam tem continuidade
e a sua mente
tende a fechar-se à novidade.
Nem sei de quem se dê com mais prazer
à maldição de se render.
Crêem que, por obra e graça
do destino marcado,
tudo se há-de compor, pois tudo passa
e eles têm o fado,
com que exorcizam a desgraça.
Amo-os do mesmo passo que desamo
para os tornar a amar mil vezes,
preso ao amor com que nos chamo
portugueses.
8 Comments:
Magnífico poema, Torquato. O seu blog está a tornar-se um caso sério. Parabéns!
Uma excelente definição, mas tão bela que assim até parece que somos grandes.
Beijinho Torquato
António Castro:
Agradeço a sua constante generosidade. O abraço de sempre.
Marta:
Sempre atenta, minha querida. E não é que somos mesmo?
Outro beijinho.
Lindíssimo poema!
É o fado...
Que melhor maneira de (n)os definir?
Obrigado pela visita e pelas palavras, Sofia e Luís.
e se virássemos as voltas ao destino? Talvez um dia...
Valha-nos a esperança, cara Addiragram.
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