Liberdade
De um terraço da Mouraria
As letras do teu nome, uma por uma,escrevi a medo sobre o quadro preto.
Foi no tempo em que tudo era secreto
e a esperança de futuro quase nenhuma.
As letras do teu nome, uma por uma,
ecoaram na sala e atraíram
a raiva dos medíocres que não viram
o mar imenso para além da espuma.
Só que nada puderam de verdade,
porque ficaste minha, liberdade.
11 Comments:
liberdade!
a palavra que me mareja o olhar!
que poema belo, Torquato!
tão cara essa factura,
mas essa dá gozo de pagar, não é?!
sorriso e beijo, Amigo.
Como te percebo bem Poeta.
A tua liberdade é também a minha.
Abraco
Belíssimo
Abraço
...Como tudo isso é tão verdade!... A liberdade por esse tempo escrevia-se assim, como dizes, com letras de medo. E os tempos mudaram, e ela surgiu através de uma revolução, com maiúsculas. Hoje, "no vagar depressa dos tempos", tenho-a visto poucas vezes, e como que anda a esgueirar-se à sucapa por ruelas pouco recomendáveis, procurando companhias que a podem reprovar. E o medo que outrora nos tolhia, poderá voltar... Como irei saber dela, amanhã? - V. P.
Abraços gratos, caros amigos Maria, João, Filipe e Varela Pires!
Fez-me lembrar o poema "Liberté" do Paul Eluard, sobretudo quando ele diz, no final, que nasceu para a conhecer e a nomear. Liberdade acima de tudo.
(http://www.poetica.fr/poeme-279/liberte-paul-eluard/)
Conheço muito bem e há muitos anos, cara Luísa! Isto anda tudo ligado... Abraço.
Gostei muito do seu blog. Um abraço virtual. Boas leituras e boas criações.
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/
Seja bem-vindo, caro António! Um abraço também.
...'a liberdade está a passar por aqui', diz-nos Godinho e revejo-a neste seu belo poema.
É fundamental falar dela, escrever o seu nome letra a letra, nomeá-la, para a termos sempre presente, especialmente nos tempos que correm.
Obrigada, caro Poeta.
:)
Olinda
Não tem nada a agradecer-me, cara Olinda!
:)
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