O espelho
O meu lugar é onde estou
porque eu não sou
de lugar nenhum.
Olho-me ao espelho e não me reconheço:
sou apenas mais um
foragido do que estremeço.
Houve tempo em que eu era
do lugar donde viera
e o espelho dava-me um rosto
despido de ironia e de desgosto.
Depois tudo mudou
ou de repente ficou velho
e o meu lugar passou a ser
onde estou
com o rosto que o espelho
insiste em me devolver.
porque eu não sou
de lugar nenhum.
Olho-me ao espelho e não me reconheço:
sou apenas mais um
foragido do que estremeço.
Houve tempo em que eu era
do lugar donde viera
e o espelho dava-me um rosto
despido de ironia e de desgosto.
Depois tudo mudou
ou de repente ficou velho
e o meu lugar passou a ser
onde estou
com o rosto que o espelho
insiste em me devolver.
4 Comments:
Devolve(-te) ao espelho com um sorriso.
Abraço
É o que tento fazer...
Abraço também.
'...um foragido
do que estremeço'
Quedo-me nestes dois versos, retirados deste poema que nos leva à reflexão.
E assim ficamos perplexos entre o que vemos e o que, verdadeiramente, reconhecemos.
Abraço.
Olinda
Abraço também, cara Olinda!
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