domingo, setembro 02, 2012

Não existimos

Ribeira das Naus
Vamos fazer de conta que foi tudo
mero fruto da nossa solidão
e o planeta rodou solene e mudo
na indiferença de sermos ou não
ousados cavaleiros do momento
à garupa do próprio pensamento.

Vamos fazer de conta que chegámos
de outra galáxia ou outro continente
e alheios e temerários ancorámos
no cais erguido algures contra a corrente
de ideias feitas, modas, preconceitos
e mais normas e regras e preceitos.

Vamos fazer de conta que emergimos
do nada para o nada desta hora
e olhando à nossa volta sem demora
soubemos que afinal não existimos.

8 Comments:

Blogger jrd said...

Mais um grande poema.
Vamos fazer de conta que fazemos de conta.
Abraço

10:11 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraço também, caro João!

9:43 da manhã  
Blogger Olinda Melo said...


Gostei! No fim de tudo descobrimos que não existimos.Não deixa de ser uma bela conclusão, muito válida, e que nos põe a pensar...

Volto a dizer: gostei muito.

:)

Abraço

Olinda

5:07 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Ainda bem que gostou, cara Olinda!

Outro abraço

6:23 da tarde  
Blogger Hanaé Pais said...

Sim, vamos fazer de conta.
Gostei.

2:34 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Óptimo, cara Hanaé!

6:33 da tarde  
Blogger Mar Arável said...

Façamos de conta que existimos

e é por aí que vamos

7:19 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

É isso que fazemos todos os dias, caro Filipe!

9:48 da manhã  

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