Não existimos
Ribeira das Naus
Vamos fazer de conta que foi tudomero fruto da nossa solidão
e o planeta rodou solene e mudo
na indiferença de sermos ou não
ousados cavaleiros do momento
à garupa do próprio pensamento.
Vamos fazer de conta que chegámos
de outra galáxia ou outro continente
e alheios e temerários ancorámos
no cais erguido algures contra a corrente
de ideias feitas, modas, preconceitos
e mais normas e regras e preceitos.
Vamos fazer de conta que emergimos
do nada para o nada desta hora
e olhando à nossa volta sem demora
soubemos que afinal não existimos.
8 Comments:
Mais um grande poema.
Vamos fazer de conta que fazemos de conta.
Abraço
Abraço também, caro João!
Gostei! No fim de tudo descobrimos que não existimos.Não deixa de ser uma bela conclusão, muito válida, e que nos põe a pensar...
Volto a dizer: gostei muito.
:)
Abraço
Olinda
Ainda bem que gostou, cara Olinda!
Outro abraço
Sim, vamos fazer de conta.
Gostei.
Óptimo, cara Hanaé!
Façamos de conta que existimos
e é por aí que vamos
É isso que fazemos todos os dias, caro Filipe!
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