terça-feira, dezembro 14, 2004

Por eles

Por essa gente parada
que há sempre em todas as gares
e da funda madrugada
nos lança estranhos olhares.
Por essa gente adiada
que há sempre em todos os bares.

Pelos que sonham índias e não têm
sequer um bote para as alcançar,
vascos da gama que de noite vêm
contar-me histórias para me acordar.

Pelos que, afinal, mantêm
vivo nas veias o mar.

("Destino do Mar", 1991)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Descobri por acaso o seu blog e tenho vindo a ler os belos poemas que aqui deixa todos os dias. Têm-me feito muito bem, obrigado.

Maria

3:23 da tarde  

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