sábado, dezembro 18, 2004

Árvore

De súbito acordado a meio da noite,
por um momento, apenas um momento,
sou o dono e senhor da tua ausência.

Árvore amiga em que, ave, me descanso,
no teu secreto corpo que inventei
encontra a minha noite à transparência
tudo o que sempre quis e não achei.

("Lucro Lírico", 1973)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Belíssimo. Parabéns pelo blog. Vou voltar frequentemente.

Rafael Sequeira
Lisboa

7:19 da tarde  

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