domingo, janeiro 14, 2007

Perdição














Praça
das Flores
Foto TL

Corpo que rasga a noite e vai deixando
atrás de si a luz da madrugada,
assim te desenhei em sonhos, quando
além dos sonhos não havia nada.

Fogueira que recusa o lume brando
das convenções e afronta a encruzilhada
dos dias, tal um anjo iluminando
tudo em redor ao brilho de uma espada,

Eis como te quis ver, antes que fosses
um rosto e sobretudo um coração,
uns olhos claros e uns lábios doces

E eu me perdesse em ti como se não
houvesse mundo além do que te trouxe
à minha inebriante perdição.

13 Comments:

Blogger Unknown said...

Que desprendimento, para te prenderes!

12:18 da tarde  
Blogger Silvia Chueire said...

As fotografias estão ótimas, o blog tem boa aparência, os poemas são musicais. É bom andar por aqui.

Abraços,
Silvia

1:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Belíssimo soneto. Digno de figurar entre os melhores da nossa poesia, pelo conteúdo e perfeição formal.

8:22 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Toy, Sílvia e António Castro:

Obrigado pelas vossas palavras. Abraços.

9:02 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

bem perto de minha casa..

10:17 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

e da minha.

2:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bem perto de memórias minhas. Toda uma zona de amores.
Inspiradora?

4:43 da tarde  
Blogger RPM said...

um bonito poema que vou 'roubar-to' para oferecer à minha cara metade e aos amigos, para lerem.

abraço e obrigado

RPM

12:02 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Marta e Rui Pedro:

Beijinhos e abraços (repectivamente, claro...).

9:07 da manhã  
Blogger Insignificante said...

para não variar, belíssimo. Tudo! ;)

1:31 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

São os seus olhos, cara "Insignificante"...

2:10 da tarde  
Blogger Ricardo António Alves said...

Esplêndido.

10:46 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, Ricardo.

8:48 da manhã  

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