Perdição
Praça
das Flores
Foto TL
Corpo que rasga a noite e vai deixando
atrás de si a luz da madrugada,
assim te desenhei em sonhos, quando
além dos sonhos não havia nada.
Fogueira que recusa o lume brando
das convenções e afronta a encruzilhada
dos dias, tal um anjo iluminando
tudo em redor ao brilho de uma espada,
Eis como te quis ver, antes que fosses
um rosto e sobretudo um coração,
uns olhos claros e uns lábios doces
E eu me perdesse em ti como se não
houvesse mundo além do que te trouxe
à minha inebriante perdição.
13 Comments:
Que desprendimento, para te prenderes!
As fotografias estão ótimas, o blog tem boa aparência, os poemas são musicais. É bom andar por aqui.
Abraços,
Silvia
Belíssimo soneto. Digno de figurar entre os melhores da nossa poesia, pelo conteúdo e perfeição formal.
Toy, Sílvia e António Castro:
Obrigado pelas vossas palavras. Abraços.
bem perto de minha casa..
e da minha.
Bem perto de memórias minhas. Toda uma zona de amores.
Inspiradora?
um bonito poema que vou 'roubar-to' para oferecer à minha cara metade e aos amigos, para lerem.
abraço e obrigado
RPM
Marta e Rui Pedro:
Beijinhos e abraços (repectivamente, claro...).
para não variar, belíssimo. Tudo! ;)
São os seus olhos, cara "Insignificante"...
Esplêndido.
Obrigado, Ricardo.
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