Sem medo
Nem a todas as horas a poesia
é tinta azul sobre a tela da vida.
Também as há em que a descolorida
bruma das coisas se insinua fria
na alma do poeta e a sombriaé tinta azul sobre a tela da vida.
Também as há em que a descolorida
bruma das coisas se insinua fria
memória se desvela corroída
pelo vagar do tempo e compelida
a semear a noite onde era dia.
Nessas horas de névoa e de veneno
em que o quadro se torna mais escuro
por reacção das cores combinadas
é quando mais importa ser sereno
e olhar sem medo as luzes do futuro,
tentando antecipar as madrugadas.
4 Comments:
Saibamos tolerar o nosso lado sombrio que dele nascerá o que nos trará novas alegrias.
Um abraço daqui
Sábio conselho, cara Margarida!
Obrigado e outro abraço daqui.
Há que repintar a tela e a vida.
Abraço
Aquele abraço também, amigo João!
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