Espuma
Armação de Pêra
Talvez não tenha a fé inabalável
dos que crêem sem ter visto
e a verdade é que não resisto
à dúvida razoável:
se o tédio é a eternidade,
obrigado, mas dispenso.
Prefiro buscar no mar imenso
a completa liberdade
e pode ser que volte feito espuma
à praia a que pertenço
desde a mais tenra idade
sem dúvida nenhuma.
dos que crêem sem ter visto
e a verdade é que não resisto
à dúvida razoável:
se o tédio é a eternidade,
obrigado, mas dispenso.
Prefiro buscar no mar imenso
a completa liberdade
e pode ser que volte feito espuma
à praia a que pertenço
desde a mais tenra idade
sem dúvida nenhuma.
8 Comments:
O sortilégio do mar... pergunto-me sobre as razões que produzem este fascínio que tanta gente tem pelo mar (e eu estou incluído...). Imagine o Torquato que substituia este pedaço do poema por.
«...Prefiro buscar no céu imenso
a completa liberdade
e pode ser que volte feito vento
à praia a que pertenço
desde a mais tenra idade
sem dúvida (aqui teria de arranjar uma rima para o vento) :)))nenhuma...»
Não faria muito sentido, pois não? É... é o mar, só podia ser o mar :)))
Um grande abraço.
Nota: Adorei este seu poema
Entre a dúvida e a incerteza, a garantia desse fascínio pelo mar.
Só podia mesmo ser o mar, caro amigo Nelson... Forte abraço também.
Fascínio, dizes bem, Toy. Aquele abraço, meu velho (salvo sejas...) amigo!
O belo ciclo das marés
Belo ciclo, dizes bem, caro Filipe!
Belo poema marinheiro, escrito na espuma das ondas.
Abraço
Gostava de saber assim poemar a praia da minha infância e adolescencia, Figueira.
Madura, vivo o meu dia a dia nas prais do Estoril (Monte) e de verão alguns dias por Armação.
É seu o dom, o meu, o de o ler.
Abraço
E destinado a desfazer-se como a espuma, amigo João...
Abraço também,
Grato pelas suas palavras, retribuo o abraço, cara Anamar!
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