Silves
Para além desta porta não há nada
e esta escada
pára de súbito no ar.
E que dizer da janela,
também ela ,
que já não dá para o mar?
Nada diremos,
nada.
Na memória arruinada
só persiste o apelo:
reter nas mãos o momento,
bebê-lo até ao fim,
bebê-lo lento,
no esplêndido ondular do teu cabelo.
("Destino do Mar", 1991)
e esta escada
pára de súbito no ar.
E que dizer da janela,
também ela ,
que já não dá para o mar?
Nada diremos,
nada.
Na memória arruinada
só persiste o apelo:
reter nas mãos o momento,
bebê-lo até ao fim,
bebê-lo lento,
no esplêndido ondular do teu cabelo.
("Destino do Mar", 1991)
5 Comments:
Belos versos, dedicados a uma bela cidade que adormeceu no tempo.
Um belo poema.Belo. E a cidade que gostei tanto quando conheci.
Abraços e um Feliz Ano Novo.
Silvia Chueire
Muito obrigado, Eugênia! Também lhe desejo um Feliz 2005!
Só hoje visitei este teu poema, que já conhecia e havia publicado no meu blog.
Que o futuro traga outra vida para além daquela porta e rasgue novos horizontes através daquela janela.
Um abraço.
Oxalá te tenhas divertido nestas férias, meu caro Toy. O abraço de sempre.
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