O ano de 1978
Só guardarei deste ano os nomes próprios:
o Rui Belo, o Nemésio, o Jorge de Sena.
O resto não me importa,
não entra no meu poema.
Só guardarei deste ano esses três nomes,
de uma luz impossível, cegadora.
O resto foi a fome,
o deserto, a penhora.
Só guardarei deste ano a farta herança
de futuro, que eles são.
A grande esperança
que me dão.
O resto é acidente,
o resto é nada,
minha pátria doente,
minha pátria adiada.
("Destino do Mar", 1991)
o Rui Belo, o Nemésio, o Jorge de Sena.
O resto não me importa,
não entra no meu poema.
Só guardarei deste ano esses três nomes,
de uma luz impossível, cegadora.
O resto foi a fome,
o deserto, a penhora.
Só guardarei deste ano a farta herança
de futuro, que eles são.
A grande esperança
que me dão.
O resto é acidente,
o resto é nada,
minha pátria doente,
minha pátria adiada.
("Destino do Mar", 1991)
2 Comments:
Vim dar ao seu blog através do Pátria d'Água. Não conhecia a sua belíssima poesia. Vale a pena navegar neste emaranhado de blogs para descobrir poesia tão bela como a sua. Parabéns!
Paula Melo
Muito obrigado pelas suas palavras. Feliz 2005!
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