Destino do mar
Os mais terão por destino
sete palmos de terra e um caixão.
Eu, porém, desde menino
sei que não.
Não!
Não é a terra que me chama.
É outra voz que, da infância,
me namora e reclama:
a voz do mar,
vencendo, breve, a distância
que teima em nos separar.
("Destino do Mar", 1991)
sete palmos de terra e um caixão.
Eu, porém, desde menino
sei que não.
Não!
Não é a terra que me chama.
É outra voz que, da infância,
me namora e reclama:
a voz do mar,
vencendo, breve, a distância
que teima em nos separar.
("Destino do Mar", 1991)
2 Comments:
Só os verdadeiros poetas, como o Torquato, têm a capacidade de ignorar a mesquinhez do momento e recriar a beleza de sempre.
Obrigado pelas suas palavras.
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