sexta-feira, janeiro 21, 2005

Espanto

De nós apenas sabemos
o espanto de estarmos vivos.
Tudo o mais é de somenos
aos nossos cinco sentidos.

Atravessámos noites, navegámos
por mares e rios que inventámos
entre o pavor e a alegria.

E agora tudo o que queremos
é deter nas mãos os remos
que levam da noite ao dia.

("Voz Suspensa", 1970)

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei muito. Obrigado!

Marta Póvoas

10:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostei muito. Obrigado!

Marta Póvoas

11:02 da tarde  
Blogger Pink said...

Muito bem escrito e de um conteúdo intemporal. Vencido esse espanto, é bom que queiramos ser donos dos remos que nos conduzem na vida. Um beijo

3:26 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, Marta e Pink! Jinhos!

6:03 da tarde  

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