segunda-feira, janeiro 17, 2005

Igual

Que sabes tu de mim? Não sabes, por exemplo,
que me acerco das árvores e lhes respiro as folhas,
rezando como num templo
a ladainha do meu livro de horas.

Que sabes tu de mim? Não sabes, com certeza,
que nas veredas do meu país perdido
me atordoo, buscando sem destino
o fruto dessa reza.

Mas que importa o que sabes? Nada ou tudo
me é igual, pois contigo tenho o mundo.

(2005)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Respirar as folhas das árvores... Lindo!

Maria M.

8:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado Torquato.
António Leal

11:00 da tarde  

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