Fado do acaso
Não é o sonho que comanda a vida,
mas antes o acaso, o implacável
acaso que determina
uma a uma as etapas da corrida,
tão estranha como formidável,
que vai escrevendo a nossa sina.
Não há azar, nem sorte, nem destino,
tudo é fruto do acaso
e ninguém traz desde menino
marcado o prazo
até quando há-de viver
e há-de morrer.
Um fado que não se canta,
por arranhar a garganta.
(2006)
10 Comments:
Acaso ou sonho, o que é preciso é continuar vivo. Como aqui se está.
Beijo.
Outro beijo, Ana, e obrigado pela "onda"...
Sei que o acaso marca a vida, mas que nós também fazemos por ela isso não tenho também dúvida.
É da chuva? Um bocadinho negro.
Beijinho e Bom fim-de-semana.
Nem tudo é sempre azul, cara Mfba. Beijinho e bom fim-de-semana também.
Talvez, por isso, o sonho seja tão indispensável.
Sempre profundo, incisivo e belo.
Bom fim de semana.
Bom fim-de-semana também, MaD.
Acaso e sonho ... ambos têm de comandar a vida ou tudo deixaremos entregue ao Destino, ao Fado ... e isso não pode ser!
Belo mas triste poema.
Já estava com saudades de vir por aqui!
Um beijo e bom fim de semana
Outro beijo, Pink.
Se fosse o sonho a comandar a vida não teríamos tempo para sonhar e seria necessária uma tal determinação, que não é propriamente apanágio do sonhador.
Um abraço, Toy, e boa semana!
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