Perfeição
Senhora da Rocha / Foto TL, 2007
Trazia os olhos bêbedos de mar
e nos cabelos, que o vento alongava,
luziam raios de sol e de luar
que qualquer deus estranho combinava.
Tinha a beleza feita de mistério
dos seres que a perfeição torna irreais
e o seu andar sereno, quase etéreo,
não pertencia ao mundo dos mortais.
Por isso me prendeu e nos prendemos,
sem temer que algum dia fosse amargo
o destino do frágil barco a remos
em que, a correr, nos fizemos ao largo.
e nos cabelos, que o vento alongava,
luziam raios de sol e de luar
que qualquer deus estranho combinava.
Tinha a beleza feita de mistério
dos seres que a perfeição torna irreais
e o seu andar sereno, quase etéreo,
não pertencia ao mundo dos mortais.
Por isso me prendeu e nos prendemos,
sem temer que algum dia fosse amargo
o destino do frágil barco a remos
em que, a correr, nos fizemos ao largo.
7 Comments:
Lindíssimo. Porquê não sei, mas "ouvi", juntos, Camões e Sophia, para além, claro, do grande Torquato!
Um beijo
Cara Margarida, não se pode propriamente dizer que sou "grande": meço 1,75 m. e já vou com sorte... :)
Um beijo também.
Beber até à embriaguez: Palavras de mar e vento.
Abraço
É-se "grande", quando se vai mais além...
Um abraço também, JRD.
Outro beijo, Margarida.
Boa noite (assim... timidamente...)
Já não sei como cheguei aqui, mas fiquei assim de olhos esbugalhados.
Gosto tanto da sua poesia, que tenho encontrado, e usado, tanto por aí.
Permita-me que o siga, gosto de lê-lo, imenso.
Um abraço.
Um abraço também, cara "Delirius".
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