Fuligem
Lisboa depressiva / Foto TL, 2007
Vamos gerindo as dores, que remédio,
ontem nas costas, hoje nos pés
e amanhã no que calhar,
e, quando não há dores, temos o tédio
corroendo-nos à vez
como um baloiço regular
sobre o vazio e a fuligem
que a toda a hora nos afligem.
E há depois a chuva, esta incessante
chuva que atrai a noite em pleno dia
e não nos deixa livres um instante
para inventar o sol e a maresia.
Vamos gerindo as dores, que remédio,
ontem nas costas, hoje nos pés
e amanhã no que calhar,
e, quando não há dores, temos o tédio
corroendo-nos à vez
como um baloiço regular
sobre o vazio e a fuligem
que a toda a hora nos afligem.
E há depois a chuva, esta incessante
chuva que atrai a noite em pleno dia
e não nos deixa livres um instante
para inventar o sol e a maresia.
4 Comments:
Este Inverno está a deixar-nos marcas. Vamos sonhar com os jacarandás...
Só lá para Maio, Margarida...
Tarda o sol que atrai o dia em plena noite.
Abraço
Já estou farto de noite e de chuva, caro JRD.
Abraço também.
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