Sobre a poesia
Calçada da Pampulha
Deixa a poesia acontecer.
Não a programes nem insistas
em fixar-lhe o momento de aparecer.
A poesia só chega quando quer
e não costuma dar nas vistas.
O seu gozo é não ter dia nem hora
e por vezes demora
mais do que a gente conta.
Aliás, tanto lhe monta
que a esperes ou esqueças.
Ela virá quando vier
sem anúncios nem promessas
e para a receber
não te resta outro fado
que não seja estar sempre preparado.
Deixa a poesia acontecer.
Não a programes nem insistas
em fixar-lhe o momento de aparecer.
A poesia só chega quando quer
e não costuma dar nas vistas.
O seu gozo é não ter dia nem hora
e por vezes demora
mais do que a gente conta.
Aliás, tanto lhe monta
que a esperes ou esqueças.
Ela virá quando vier
sem anúncios nem promessas
e para a receber
não te resta outro fado
que não seja estar sempre preparado.
10 Comments:
Sábio conselho, Torquato.
Origado, Ricardo! Um abraço.
Apetece-me sorrir.
Um abraço.
Ainda bem, Margarida!
Outro abraço.
É isso!
E, dito assim, ainda parece mais!
:)))
:)))
Espontânea, um golpe de asa.
Abraço
Abraço também e bom fim-de-semana, João!
Amigo Torquato
Adorei ler este poema. Há muito que não apreciava a sua poesia, que é inquestionavelmente de elevada qualidade lírica, emocional e filosófica. Neste breve poema se descreve todo o sortilégio da poesia, da sua essência psicológica e da sua importância para as depressões da alma, precisamente aquelas que não se conseguem combater pela química da psiquiatria, mas conseguem-se superar na alquimia da psyché.
Fiquei sinceramente agradado com este poema, mas também com o soneto, que é um género lírico pouco comum na sua poesia, mas muito do meu agrado.
Um abraço de felicitações do Vilhena Mesquita
PS. Estou a recuperar bem, parece-me que o espectro das parcas já me largou a porta.
Caro Prof. Vilhena Mesquita:
Grato pela amizade das suas palavras, desejo-lhe rápida e completa recuperação.
Um abraço.
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