Um sopro
Acrílico sobre tela / TL, 2003
Não existimos, não, não existimos,
somos apenas um golpe de vento,
fruto fugaz de um vago pensamento
que nos dá a razão por que insistimos
em crer que, sendo livres, nos sentimos
no dever de afrontar o desalento
e de ir além deste breve momento
entre a espuma das ondas e os limos.
Não passamos de um sopro, um acidente,
leve agitar sem rumo nem sentido
de um raio de luz no meio da folhagem.
Mas, embora a tremer, fazemos frente
ao infinito mar desconhecido
e resolutos seguimos viagem.
somos apenas um golpe de vento,
fruto fugaz de um vago pensamento
que nos dá a razão por que insistimos
em crer que, sendo livres, nos sentimos
no dever de afrontar o desalento
e de ir além deste breve momento
entre a espuma das ondas e os limos.
Não passamos de um sopro, um acidente,
leve agitar sem rumo nem sentido
de um raio de luz no meio da folhagem.
Mas, embora a tremer, fazemos frente
ao infinito mar desconhecido
e resolutos seguimos viagem.
8 Comments:
A brisa do teu mar soprou-me que havia poesia bela por aqui. Eu acreditei e vim, seguindo a rota do teu "Espelho Intimo", que acabei de ler e adorei!
Obrigada!
Abraço, Torquato.
... e parar não podemos, até alcançar a miragem!
Belo poema.
Abraços, cara "OutrosEncantos" e amigo Tibério!
:))
Estamos de passagem. Somos um sussurro, um frémito.
Abraço
Certo, como te é habitual, João!
Abraço também.
Um sopro
que viceja
Aquele abraço, caro Filipe!
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