segunda-feira, janeiro 24, 2011

A voz do vento

Acrílico sobre tela, TL, 2008

Devíamos ouvir a voz do vento
quando sopra nas frinchas da janela
e tentar perceber no seu lamento
a mensagem com que nos interpela

e não é só um silvo, um sentimento
de dor, mas certamente a mais singela
das expressões que dizem o momento
em que a nudez do tempo se desvela.

Devíamos ouvir o vento e ver
no seu gemido o ardor com que nos chama
para a luta lá fora em campo aberto

e sem ter medo, venha o que vier,
remar contra a maré de lixo e lama
que nos espreita cada vez mais perto.

10 Comments:

Blogger Ricardo António Alves said...

Grande poema para o momento que passa.

12:40 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Um forte abraço, caro Ricardo.

3:08 da tarde  
Blogger jrd said...

Sim, porque este não é o tempo do vento (nos) calar...
Abraço

7:45 da tarde  
Blogger mdsol said...

:))) [tela]

:))) [palavras]

:))) [combinação de ambas]

11:27 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Com certeza, amigo João! Outro abraço.

:))), cara Mdsol!

9:26 da manhã  
Blogger Obtuso said...

Bonita tela, tanto quanto o poema.
Abraço.

9:59 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraço também, amigo Tibério!

9:35 da manhã  
Blogger MeuSom said...

tem carinho p'ra ti em Tarde de Música:)

10:55 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Fui ver e gostei. Obrigado!

3:14 da tarde  
Blogger Joana Roque Lino said...

A técnica do azulejo ;), na tela...

12:09 da manhã  

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