A voz do vento
Acrílico sobre tela, TL, 2008
Devíamos ouvir a voz do vento
quando sopra nas frinchas da janela
e tentar perceber no seu lamento
a mensagem com que nos interpela
e não é só um silvo, um sentimento
de dor, mas certamente a mais singela
das expressões que dizem o momento
em que a nudez do tempo se desvela.
Devíamos ouvir o vento e ver
no seu gemido o ardor com que nos chama
para a luta lá fora em campo aberto
e sem ter medo, venha o que vier,
remar contra a maré de lixo e lama
que nos espreita cada vez mais perto.
Devíamos ouvir a voz do vento
quando sopra nas frinchas da janela
e tentar perceber no seu lamento
a mensagem com que nos interpela
e não é só um silvo, um sentimento
de dor, mas certamente a mais singela
das expressões que dizem o momento
em que a nudez do tempo se desvela.
Devíamos ouvir o vento e ver
no seu gemido o ardor com que nos chama
para a luta lá fora em campo aberto
e sem ter medo, venha o que vier,
remar contra a maré de lixo e lama
que nos espreita cada vez mais perto.
10 Comments:
Grande poema para o momento que passa.
Um forte abraço, caro Ricardo.
Sim, porque este não é o tempo do vento (nos) calar...
Abraço
:))) [tela]
:))) [palavras]
:))) [combinação de ambas]
Com certeza, amigo João! Outro abraço.
:))), cara Mdsol!
Bonita tela, tanto quanto o poema.
Abraço.
Abraço também, amigo Tibério!
tem carinho p'ra ti em Tarde de Música:)
Fui ver e gostei. Obrigado!
A técnica do azulejo ;), na tela...
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