Rosto a rosto
Olhemo-nos rosto a rosto
e sem demoras troquemos
sobre as rugas do tempo e do desgosto
as palavras que nos devemos.
Palavras arrancadas do mais fundo
da alma, onde as escondemos
tempo demais, como se o mundo
pudesse esperar que nunca fossem ditas.
Palavras feitas de horas infinitas
de silêncio forçado
e enfim libertas do seu longo exílio
por entre a inocência e o pecado.
Palavras que nos sejam um auxílio
para os dias sombrios à nossa espera
e que transportem sol e primavera.
Palavras como espuma e maresia,
temperadas de sal e de calor,
que nos matem a sede de poesia
e a fome de amor.
e sem demoras troquemos
sobre as rugas do tempo e do desgosto
as palavras que nos devemos.
Palavras arrancadas do mais fundo
da alma, onde as escondemos
tempo demais, como se o mundo
pudesse esperar que nunca fossem ditas.
Palavras feitas de horas infinitas
de silêncio forçado
e enfim libertas do seu longo exílio
por entre a inocência e o pecado.
Palavras que nos sejam um auxílio
para os dias sombrios à nossa espera
e que transportem sol e primavera.
Palavras como espuma e maresia,
temperadas de sal e de calor,
que nos matem a sede de poesia
e a fome de amor.
6 Comments:
Olhos nos olhos. Boca a boca.
Belo poema.
Abraço
Outro abraço, meu sempre atento amigo João!
Gosto do poema, sim... mas a fotografia então... é lindíssima.
Foi feita há três ou quatro dias, no jardinzinho ao lado do Parlamento. Bom fim-de-semana, com mais um excelente "passeio de domingo", cara Luísa!
Eu nem sei que dizer Torquato.
É muito mais que um poema "o" que aqui deixaste, chamar-lhe-ia um grito, uma súplica.
Lindissimo.
Abraço.
Um abraço também. E tem um bom fim-de-semana!
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