Chuva no telhado
Alcantarilha
Toda esta noite a chuva amiga
me cantou insistente no telhado
aquela velha cantiga
que me embalou o passado,
quando eu era criança e não fazia ideia
de existir mundo além da minha aldeia.
Nesse tempo feliz e descuidado,
tudo era fácil, simples e perfeito
e à noite, ouvindo a chuva no telhado,
eu apertava contra o peito
a ambição de um outro lado
que talvez me estivesse destinado.
Mas eis que, ao fim da viagem
que me foi dado empreender,
volto ao encontro da paisagem
que faz parte do meu ser
e posso ouvir de novo essa cantiga
que canta no telhado a chuva amiga.
me cantou insistente no telhado
aquela velha cantiga
que me embalou o passado,
quando eu era criança e não fazia ideia
de existir mundo além da minha aldeia.
Nesse tempo feliz e descuidado,
tudo era fácil, simples e perfeito
e à noite, ouvindo a chuva no telhado,
eu apertava contra o peito
a ambição de um outro lado
que talvez me estivesse destinado.
Mas eis que, ao fim da viagem
que me foi dado empreender,
volto ao encontro da paisagem
que faz parte do meu ser
e posso ouvir de novo essa cantiga
que canta no telhado a chuva amiga.
10 Comments:
...irritante por vezes, desconfortável e incómoda... ainda é bom ouvi-la e reviver os tempos "felizes e descuidados" de petiz.
Este poema é belo e faz-me sentir saudades do tempo de menino à espera que ela deixasse de cantar para ir chafurdar nas poças lá da aldeia!
Só tu! Forte abraço, amigo Tibério!
É muito bom voltar às origens, sim, bem como ouvir a chuva bater em qualquer telhado ou janela.
Abraço.
É isso mesmo, cara "MeuSom"!
Abraço também.
Quando escutamos, ouvimos. :))
um beijinho
Outro beijinho, cara Margarida!
Ah, Torquato, a chuva no telhado...
Ela nos fala do passado.
Recita, em ladaínha...
Muito lindos os seus versos!
Grande abraço
Um grande abraço também, cara Zélia!
A beleza de um poema telúrico.
Um abraço
:)), cara Mdsol!
Outro abraço, caro João!
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