sexta-feira, agosto 19, 2005

Não chores

Quando choras, dói-me a alma até ao fundo.
É uma dor aguda, maior do que a do peito,
se uma lança o atravessa.

Quando choras, invento mil palavras
para te confortar.
Mas é a mim que falta a mais urgente,
a que mitigue a dor sem nome
de te ver chorar.

Não chores, minha querida,
nada merece as tuas lágrimas.

(2005)

5 Comments:

Blogger addiragram said...

Só quando sentimos em nós a dor alheia somos capazes de confortar. Um abraço amigo.

11:59 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

É bem verdade, minha cara amiga. Outro abraço e obrigado!

9:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Acho este teu poema uma maravilha, como os anteriores, aliás. Estive fora, sem net. Tens de pensar no novo livro, ok? Beijos.

1:11 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, Maria B., vou pensar nisso. Um beijo.

7:19 da tarde  
Blogger hfm said...

Obrigada pela visita e pela opinião. Um abraço

10:16 da manhã  

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