quarta-feira, agosto 10, 2005

Viagem

Há manhãs que nos acordam como se a dor do mundo
tivesse dormido connosco e não quisesse abandonar-nos.
Carregamos o seu peso sobre as costas,
entre o desconforto e a resignação.

Certas corridas cansam, outras retemperam.
Quem vagueou sem bússola através de continentes
sabe bem que não existe
outro sentido que não seja em frente.
Quando se pára, pára-se de vez
e não há retorno.

Qualquer dia, a surpresa da viagem
vai por força colher-nos.
Mas ninguém provou ainda que não seja boa.

(2005)

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

...so indo em frente senão?!! resta a duvida: um poema verdadeiro.
obrigado pela visita ao meu canto.
você escreve bem poesia.
abraço.
amcosta

9:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pai,quando por vezes caminho sem bússola, tenho-te a ti para me guiar nestes caminhos ainda pouco percorridos.
Que bom saber que caminho em frente...contigo. Mj

12:04 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Bjokas, minha querida! Sabes que estou sempre contigo.

1:13 da tarde  
Blogger Português desiludido said...

Ter um Pai como "bússula" é garantia de seguir em frente!
E quantas vezes o contrário é verdade?! Que continuem ambos em frente...
Pedro

9:27 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, Pedro! Aquele abraço.

10:05 da tarde  
Blogger mariagomes said...

gostava de ter escrito este poema!

beijo
maria

2:04 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

É teu, Maria! Mais um beijo.

3:17 da tarde  

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