Viagem
Há manhãs que nos acordam como se a dor do mundo
tivesse dormido connosco e não quisesse abandonar-nos.
Carregamos o seu peso sobre as costas,
entre o desconforto e a resignação.
Certas corridas cansam, outras retemperam.
Quem vagueou sem bússola através de continentes
sabe bem que não existe
outro sentido que não seja em frente.
Quando se pára, pára-se de vez
e não há retorno.
Qualquer dia, a surpresa da viagem
vai por força colher-nos.
Mas ninguém provou ainda que não seja boa.
(2005)
tivesse dormido connosco e não quisesse abandonar-nos.
Carregamos o seu peso sobre as costas,
entre o desconforto e a resignação.
Certas corridas cansam, outras retemperam.
Quem vagueou sem bússola através de continentes
sabe bem que não existe
outro sentido que não seja em frente.
Quando se pára, pára-se de vez
e não há retorno.
Qualquer dia, a surpresa da viagem
vai por força colher-nos.
Mas ninguém provou ainda que não seja boa.
(2005)
7 Comments:
...so indo em frente senão?!! resta a duvida: um poema verdadeiro.
obrigado pela visita ao meu canto.
você escreve bem poesia.
abraço.
amcosta
Pai,quando por vezes caminho sem bússola, tenho-te a ti para me guiar nestes caminhos ainda pouco percorridos.
Que bom saber que caminho em frente...contigo. Mj
Bjokas, minha querida! Sabes que estou sempre contigo.
Ter um Pai como "bússula" é garantia de seguir em frente!
E quantas vezes o contrário é verdade?! Que continuem ambos em frente...
Pedro
Obrigado, Pedro! Aquele abraço.
gostava de ter escrito este poema!
beijo
maria
É teu, Maria! Mais um beijo.
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