Perguntar
Tudo o que sempre fiz foi perguntar.
Jamais qualquer interesse me moveu
que não fosse o de tentar
saber quem sou eu.
Tendo a dúvida por lema,
vi passarem tão rápidos os dias
que nada mais me resta além do poema
com que iludo as mãos vazias.
E, no entanto, algo me impele
a perguntar, a sempre perguntar.
Não sei vestir outra pele
nem é outro o meu olhar.
(2005)
Jamais qualquer interesse me moveu
que não fosse o de tentar
saber quem sou eu.
Tendo a dúvida por lema,
vi passarem tão rápidos os dias
que nada mais me resta além do poema
com que iludo as mãos vazias.
E, no entanto, algo me impele
a perguntar, a sempre perguntar.
Não sei vestir outra pele
nem é outro o meu olhar.
(2005)
2 Comments:
A eterna procura do conhecimento profundo do Eu ... Belo poema, amigo Torquato. Um beijo.
Procura, procura sempre, mesmo quando nada encontras.
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