Fado de Alfama
Não tem vielas, tem veias,
Alfama virada ao rio,
ancorada nas areias
como se fora navio.
Não tem vielas, tem velas
içadas em desafio.
Debruçada das janelas
por onde assobia o frio,
postigos de caravelas
a que o mar nunca se abriu,
Alfama persegue o cheiro,
nas voltas das escadinhas,
de algum amor marinheiro
sabendo a sal e sardinhas.
Na água dos chafarizes
mata a sede da lembrança
desses momentos felizes
em que nunca foi criança.
Ancorada nas areias
como se fora navio,
não tem vielas, tem veias,
Alfama virada ao rio.
(Letra musicada por Nuno Nazareth Fernandes
e gravada por Maria da Fé para Discos Estúdio, 1971)
Alfama virada ao rio,
ancorada nas areias
como se fora navio.
Não tem vielas, tem velas
içadas em desafio.
Debruçada das janelas
por onde assobia o frio,
postigos de caravelas
a que o mar nunca se abriu,
Alfama persegue o cheiro,
nas voltas das escadinhas,
de algum amor marinheiro
sabendo a sal e sardinhas.
Na água dos chafarizes
mata a sede da lembrança
desses momentos felizes
em que nunca foi criança.
Ancorada nas areias
como se fora navio,
não tem vielas, tem veias,
Alfama virada ao rio.
(Letra musicada por Nuno Nazareth Fernandes
e gravada por Maria da Fé para Discos Estúdio, 1971)
2 Comments:
Lindo! Já o ouvi há uns tempos, exactamente cantado pela Maria da Fé...O Fado de Alfama...
;-)
Embora seja um apreciador de fado, nunca ouvi essa interpretação da Maria da Fé.
Mas, quando comecei a ler o poema, senti logo a letra de um fado.
Muito bom!
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