Algarve
Do mar saíam potros e sereias,
potros alados e sereias louras
como o trigo e o ouro das areias
do meu país azul de pedras mouras.
Nos campos e nas vilas e aldeias,
por todo o lado um cheiro a maresia
embebedava o ar e as ideias,
no país onde nunca anoitecia.
Mas, de repente, o dia escureceu
e os potros e sereias desertaram
para outros mares mais frios e distantes.
E foi então que vi que era só eu
a guardar a imagem que levaram
do meu país que já não é o de antes.
(2005)
potros alados e sereias louras
como o trigo e o ouro das areias
do meu país azul de pedras mouras.
Nos campos e nas vilas e aldeias,
por todo o lado um cheiro a maresia
embebedava o ar e as ideias,
no país onde nunca anoitecia.
Mas, de repente, o dia escureceu
e os potros e sereias desertaram
para outros mares mais frios e distantes.
E foi então que vi que era só eu
a guardar a imagem que levaram
do meu país que já não é o de antes.
(2005)
4 Comments:
tenho passado por aqui, em silêncio, mas hoje "quebrei"...
Belo poema!
bjs
maria
eu também!
Manuela
Belo poema, caro Torquato! Do imaginário de quem ama ao desencanto de quem descobre que a coisa amada se tranfigurou. Um beijo e bom fim de semana.
Gostei muito do poema e do blog, vou voltar mais vezes.
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