Marcas e sinais
Pormenor de fachada, Rua do Monte Olivete, Lisboa. Foto TL, 2008
O amor é forte e desconhece
a erosão do tempo
e a paixão tão volátil que parece
esvair-se ao menor sopro de vento.
O amor é um navio de longa rota
que tanto sulca as mais serenas
marés como as ondas mais revoltas
e a paixão tem motor fora de borda
e navega apenas
à bolina junto à costa.
O amor não se esfuma, o amor demora
e a paixão, que quer sempre mais e mais,
à mais mesquinha aragem se evapora.
Mas ambos deixam marcas e sinais.
a erosão do tempo
e a paixão tão volátil que parece
esvair-se ao menor sopro de vento.
O amor é um navio de longa rota
que tanto sulca as mais serenas
marés como as ondas mais revoltas
e a paixão tem motor fora de borda
e navega apenas
à bolina junto à costa.
O amor não se esfuma, o amor demora
e a paixão, que quer sempre mais e mais,
à mais mesquinha aragem se evapora.
Mas ambos deixam marcas e sinais.
13 Comments:
que dizer? :)
Sempre atenta, cara "Once". Obrigado e um bj.
Torquato
Ainda bem que deixam marcas e sinais...
Beijos
Bem reaparecida, Laura. Oxalá as férias tenham sido excelentes!
Beijos também.
"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir..."
Jorge Fernando - Chuva cantado por Mariza
Torquato,
As suas palavras tem o dom de me tocar. Dizem o que às vezes me vai na alma.
Este poema lembrou-me este fado, um dos que mais gosto.
O amor e a paixão movem o mundo. "doem ou fazem sorrir". Deixam marcas, deixam sinais. E assim se prolongam no tempo as lembranças, na saudade!
Muito Bonito.
Um beijinho
Você escreve muito bem. Eu gostaria de escrever tão bem, mas não seria capaz por causa da minha natureza. Bem... desculpe-me...
Obrigado, Sum, pelas palavras amigas. Um beijinho também.
Volte sempre, Horácio Salgado. Já fui espreitar o seu blog, cujos textos iniciais nada têm a ver com a banalidade que o título refere...
As diferenças entre amor e paixão e a inivitabilidade dos dois.
Deixam os dois marcas, mas bem diferentes.
beijinho
Outro beijinho, cara Minucha.
O amor combate diariamente a erosão,porque ama no outro a sua diferença;a paixão é volátil, porque é eminentemente narcísica-busca o fogo que ela própria construiu.
Vou tentar mandar-lhe para o mail um belíssimo trabalho sobre este tema infindável.Um abraço.
Aguardo com muito interesse, Margarida.
Um abraço também.
E, por vezes (mas nem sempre...), ainda bem que deixam, não é, Luís?
Um abraço também.
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