quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Infrene viagem

Praça da Armada

Nada nos é bastante, porque nada
sacia a nossa fome e a nossa sede.
Avançamos altivos pela estrada,
segundo nos sugere a complicada
teia dos vagos sonhos. Mas a rede
fina do tempo adrede nos impede
de atingirmos a meta imaginada.

Tudo o que a fantasia nos permite
é balançar os dias no limite
entre o que desejamos e o que é.
Mera espuma perdida da maré,
damos à praia em plena madrugada
e viajamos infrenes para o nada.

5 Comments:

Blogger Obtuso said...

é lindo este poema

Quero aprender contigo!

Abração!

8:41 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Modéstia tua, meu caro. Totalmente injusticada, como sabes que eu sei...
Um abração também.

9:17 da tarde  
Blogger mdsol said...

É da nossa condição...
Tão bem dito!

:))

10:31 da tarde  
Blogger jrd said...

Belíssimo! O teu nada é tudo.

1:44 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraços e bom fim-de-semana, caros Mdsol e JRD!

5:34 da tarde  

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