segunda-feira, janeiro 31, 2011

Lisboa

Ribeira das Naus
Nada sabes de mim e no entanto eu amo-te
pássaro inquieto e frágil que descansas
sob a janela do meu tédio.
Podia debruçar-me e súbito falar-te
mas ignoro as palavras necessárias:
estou aqui de passagem e não trago
outra bagagem que não seja o espanto
incrédulo de amar-te.
E por mais que te afastes e eu fique apenas
a contas com a dor do abandono
sei que não vai ser fácil esquecer-te
e ao cântico feliz de fim de tarde
da tua comunhão com as gaivotas.

7 Comments:

Blogger OutrosEncantos said...

Oh Torquato que poema lindo!!
...para quem julga não ter as palavras necessárias...
devo dizer-te que me emocionei
e é de espanto mesmo que eu me quedo sempre que alguém consegue colar a alma assim, como tu acabaste de fazer, de maneira tão terna, na página do Livro de alguém
Lisboa é uma mulher de muita sorte!
Lindo, lindo, adorei!
Um dia vou "roubar-te" este também :)deixa só que me entre na alma algum som digno dele :)
Abraço, Amigo.

10:22 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraço também e obrigado, Amiga!

2:03 da tarde  
Blogger jrd said...

Que poema e que imagem!
E logo agora que não estou por perto.
Mais uma vez tocaste bem fundo na cidade que eu mais amo.
Um abraço

3:08 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Boa estada provinciana, João!
Outro abraço.

3:53 da tarde  
Blogger Mar Arável said...

Todos os voos

são improváveis

Abraço

10:46 da tarde  
Blogger OutrosEncantos said...

tens selinho de qualidade no Mimos, se quiseres levantar não precisas cumprir as regras

http://meusamigosseusmimosmeusencantos.blogspot.com/

12:42 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Também é verdade, caro Filipe! Aquele abraço.

Já fui ver e gostei, minha Amiga! Um bj muito grato (com o pedido de desculpas por não seguir as regras, é claro...).

9:44 da manhã  

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