Lisboa
Nada sabes de mim e no entanto eu amo-te
pássaro inquieto e frágil que descansas
sob a janela do meu tédio.
Podia debruçar-me e súbito falar-te
mas ignoro as palavras necessárias:
estou aqui de passagem e não trago
outra bagagem que não seja o espanto
incrédulo de amar-te.
E por mais que te afastes e eu fique apenas
a contas com a dor do abandono
sei que não vai ser fácil esquecer-te
e ao cântico feliz de fim de tarde
da tua comunhão com as gaivotas.
pássaro inquieto e frágil que descansas
sob a janela do meu tédio.
Podia debruçar-me e súbito falar-te
mas ignoro as palavras necessárias:
estou aqui de passagem e não trago
outra bagagem que não seja o espanto
incrédulo de amar-te.
E por mais que te afastes e eu fique apenas
a contas com a dor do abandono
sei que não vai ser fácil esquecer-te
e ao cântico feliz de fim de tarde
da tua comunhão com as gaivotas.
7 Comments:
Oh Torquato que poema lindo!!
...para quem julga não ter as palavras necessárias...
devo dizer-te que me emocionei
e é de espanto mesmo que eu me quedo sempre que alguém consegue colar a alma assim, como tu acabaste de fazer, de maneira tão terna, na página do Livro de alguém
Lisboa é uma mulher de muita sorte!
Lindo, lindo, adorei!
Um dia vou "roubar-te" este também :)deixa só que me entre na alma algum som digno dele :)
Abraço, Amigo.
Abraço também e obrigado, Amiga!
Que poema e que imagem!
E logo agora que não estou por perto.
Mais uma vez tocaste bem fundo na cidade que eu mais amo.
Um abraço
Boa estada provinciana, João!
Outro abraço.
Todos os voos
são improváveis
Abraço
tens selinho de qualidade no Mimos, se quiseres levantar não precisas cumprir as regras
http://meusamigosseusmimosmeusencantos.blogspot.com/
Também é verdade, caro Filipe! Aquele abraço.
Já fui ver e gostei, minha Amiga! Um bj muito grato (com o pedido de desculpas por não seguir as regras, é claro...).
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