Silves
Para além desta porta não há nada
e esta escada
pára de súbito no ar.
E que dizer da janela
também ela
que já não dá para o mar?
Nada diremos, nada.
Na memória arruinada
só persiste o apelo:
reter nas mãos o momento,
bebê-lo até ao fim, bebê-lo lento,
no esplêndido ondular do teu cabelo.
("Destino do Mar", 1991, rev.)
e esta escada
pára de súbito no ar.
E que dizer da janela
também ela
que já não dá para o mar?
Nada diremos, nada.
Na memória arruinada
só persiste o apelo:
reter nas mãos o momento,
bebê-lo até ao fim, bebê-lo lento,
no esplêndido ondular do teu cabelo.
8 Comments:
... bebê-lo lento, muito lento, para que não tenha fim...
lindo poema, Torquato!
e... é de e em momentos assim, que fazemos a vida valer a pena
porque as portas podem sempre reabrir-se para deixar a vida reentrar..., deixá-la estender a mão até à janela para abri-la de para em par... e o olhar volta a estender-se pelo mar...
:) perdoa o voo, a culpa foi da cegonha:)... deu-me boleia nas asas dela :)
beijo.
Maria
Que bom relê-lo, meu amigo.
Belíssimo caro poeta
Um beijo também, cara Maria, e abraços, caros Toy e Filipe!
Muito bom! Um grande pequeno poema.
Abraço
Um forte abraço também, amigo João!
:))))
:))))
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