segunda-feira, março 28, 2011

Amarrem a poesia

Jardim do Príncipe Real
Amarrem a poesia,
ponham-lhe algemas, peias, grades
contra as mais amplas liberdades,
como dantes se dizia.
Fechem-na bem entre paredes
e não a deixem navegar
com seus barcos e redes.
Imponham-lhe artes de marear,
bússolas, regras e bandeiras
ou mil e uma maneiras
obrigatórias de voar.
Vão ver como ela se liberta
e na hora certa
retoma o seu lugar.

10 Comments:

Blogger Obtuso said...

...e aí está essa "ave vadia" que não é vadia porque está sempre a poisar na tua janela !

11:01 da manhã  
Blogger LUIS MILHANO (Lumife) said...

Nada, mesmo nada, poderá acorrentar a palavra do Poeta. Se alguma tentativa houver... "Vão ver como ela se liberta

e na hora certa

retoma o seu lugar."

Abraço

12:24 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraços, caros Tibério e Luís!

2:21 da tarde  
Blogger jrd said...

Se nem os Poetas a conseguem amarrar!
Abraço

7:42 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Lá isso é verdade, amigo João...
Outro abraço.

9:39 da manhã  
Blogger Luísa A. said...

Esta não é a árvore de que falávamos, Torquato. Mas nessa «atitude» de resistência contra a prisão dos verdes que a cercam, ilustra bem o sentido do seu belo «manifesto». :-)

4:54 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Não é, não, Luísa. Quando a fui fotografar, já não estava como a vira. A escassos metros, encontrei esta. Volubilidades... :)

5:14 da tarde  
Blogger Mar Arável said...

Pelo sonho é que vamos

Abraço

11:49 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Com certeza, caro Filipe, valha-nos o Sebastião da Gama...

Outro abraço.

9:44 da manhã  
Blogger OutrosEncantos said...

estou com o Mar:

"pelo sonho é que vamos" :))

2:49 da tarde  

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