Amarrem a poesia
Amarrem a poesia,
ponham-lhe algemas, peias, grades
contra as mais amplas liberdades,
como dantes se dizia.
Fechem-na bem entre paredes
e não a deixem navegar
com seus barcos e redes.
Imponham-lhe artes de marear,
bússolas, regras e bandeiras
ou mil e uma maneiras
obrigatórias de voar.
Vão ver como ela se liberta
e na hora certa
retoma o seu lugar.
ponham-lhe algemas, peias, grades
contra as mais amplas liberdades,
como dantes se dizia.
Fechem-na bem entre paredes
e não a deixem navegar
com seus barcos e redes.
Imponham-lhe artes de marear,
bússolas, regras e bandeiras
ou mil e uma maneiras
obrigatórias de voar.
Vão ver como ela se liberta
e na hora certa
retoma o seu lugar.
10 Comments:
...e aí está essa "ave vadia" que não é vadia porque está sempre a poisar na tua janela !
Nada, mesmo nada, poderá acorrentar a palavra do Poeta. Se alguma tentativa houver... "Vão ver como ela se liberta
e na hora certa
retoma o seu lugar."
Abraço
Abraços, caros Tibério e Luís!
Se nem os Poetas a conseguem amarrar!
Abraço
Lá isso é verdade, amigo João...
Outro abraço.
Esta não é a árvore de que falávamos, Torquato. Mas nessa «atitude» de resistência contra a prisão dos verdes que a cercam, ilustra bem o sentido do seu belo «manifesto». :-)
Não é, não, Luísa. Quando a fui fotografar, já não estava como a vira. A escassos metros, encontrei esta. Volubilidades... :)
Pelo sonho é que vamos
Abraço
Com certeza, caro Filipe, valha-nos o Sebastião da Gama...
Outro abraço.
estou com o Mar:
"pelo sonho é que vamos" :))
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