Assombro
Jacarandá
de Lisboa
Foto TL
Vou pousar a cabeça no teu ombro
até que a dor me passe e venha o dia
de descobrir de novo aquele assombro
com que, ao ver-te, o olhar se me tolhia.
O dia que, entre os dias, seja o dia
de sentir que o mistério do teu ombro
me deu de volta o mundo em que vivia
num tempo que era feito do assombro
com que o sonho dá corda à fantasia.
12 Comments:
A doce ilusão de voltar a ter o que já se teve como que em primeira descoberta ..
Lindo este .. também.
É isso, cara "Once...".
Um bj.
"Ouvi" Camões por de trás deste belo poema.O assombro dos jacarandás é um bonito fundo. Parabéns!
Obrigado, Margarida. É sempre tempo de "ouvir" Camões. E, nesta altura do ano, o fundo lisboeta dos jacarandás ajuda muito.
Uma bela estrofe de nove versos, com rima cruzada ( emparelhada em dois versos) que convida à leitura.
Para quem gosta de poesia, foi mesmo um momento de assombro.
O amor cantado assim é muito bonito. Um sujeito poético muito terno. A saudade, um tema sempre gostoso de ler.
Beijinhos
Beijinhos também, cara Isabel.
Que prazer, o de ver os jacarandás em flor! Só é pena que hoje o céu não esteja como nessa foto, Torquato. Faz um contraste muito mais bonito do que o cinzento-murcho desta sexta-feira. Abraço!
Os jacarandás lisboetas são uma velha paixão, Pedro... Outro abraço.
Das palavras, como sempre, gosto.
Embora não seja de Lisboa, de tanto ir e gostar de olhar a cidade [e todas as coisas por onde passo], na Primavera do ano passado, apaixonei-me pelos jacarandás ali pertinho do Museu Nacional de Arte Antiga.
Espero que, na próxima segunda-feira, o tempo [o atmosférico e o outro] me permitam umas fotografias.
:)
E não deixe de as mostrar lá no seu excelente "aluaflutua", cara Tinta Azul.
bela fotografia, de assombro! um beijinho.
Outro beijinho, Joana.
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