Rendição
Acrílico
sobre tela
TL, 2008
Pode ser que, na hora da partida
para onde eu não sei e tu tão-pouco,
o navio se limite a um silvo rouco
e nenhum lenço acene em despedida.
Pode ser que a memória dividida
entre o cais de partir e o de chegar
permita a invenção de algum lugar
onde nos seja dada uma outra vida.
Pode ser, pode ser, mas ninguém sabe
o que se esconde para além do muro
que nos impede a vista do futuro.
E, sendo assim as coisas, só nos cabe
abraçar a sublime rendição
de apenas escutar o coração.
13 Comments:
Esplêndido, mais uma vez, caro Torquato.
Um abraço.
Assino por baixo raa, pode ser?
[agora senti-me uma plagiadora por causa do subtítulo do blogue, pois não há muitos dias dei como subtítulo a um "a cor nossa de cada dia nos dai hoje".Dê-nos o Pai Nosso o poema e a cor cada dia:)]
Rendo-me a palavras tão belas.
Parabéns, Torquato.
Beijos
Outro abraço, caro Ricardo.
Gosto dos seus dois blogs, e especialmente do novo "Calendiário", Tinta Azul.
Obrigado, querida Laura, e beijos também.
Há muito que por cá passo e não deixava um comentário!
Um saudação amiga
RPM
Uma beleza, Torquato! Mais uma vez, entro a pairar no fim-de-semana. Um abraço!
apenas escutar o coração
e isso, muitas vezes, nos basta!
Os outros já disseram TUDO!
Um muito obrigada!
Lindíssimo soneto.
um beijinho... o cora�o l� sabe... ;). bom fim de semana.
Caros Rui Pedro, Huckleberry, Peciscas, Addiragram, Sofia e Joana:
Obrigado pelas vossas palavras amigas. Abraços e beijinhos.
Cheguei aqui guiada pela lua.
Cá hei-de tornar, motivada pela(o) Luz da stelas e das palavras.
:))
Óptimo, mariadosol, volte sempre.
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