Parecer
Outro
jacarandá
lisboeta
em flor
Foto TL
Pensei que era possível, mas não foi
isso que aconteceu.
Ficámos sem palavras, tu e eu,
e agora o que nos dói
não é a dor do erro cometido,
que sempre acaba em tédio,
mas o mal sem remédio
do tempo não vivido.
Resta-nos, no entanto, pela frente
o tempo por viver.
E é como se de repente
tudo ganhasse um parecer
muito diferente.
11 Comments:
ficar sem palavras, ainda que mudas.
.. sem nada para dizer ou partilhar, contar e fazer rir ..
não imagino pior, de facto.
por vezes, tudo parece diferente. um beijinho.
Beijinhos, caras "Once..." e Joana.
Não sei onde se amontoa o tempo perdido [o não vivido]...
Sei que a fotografia do jacarandá é lindíssima!
Linda de tempo para viver. :)
"É por isso que se deve esperar pelo fim da frase e esperar até ao fim da vida para que se revele o sentido. Enquanto o ponto final da frase ou da vida não se coloca, o sentido está em constante possível remodelação".(Boris Cyrulnik)
Ele diz melhor que eu.
um abraço
Caras "Tinta Azul" e Margarida, obrigado e abraços.
Gosto da elegância formal dos seus poemas. Da simplicidade da linguagem. É muito bom encontrar uma escrita poética límpida, despida de arabescos e artifícios inúteis. Ainda assim, plena de emoção e de sentido.
Também gostei, Isabel, do seu "Ver inVerso", que passa a constar da lista das minhas predilecções.
navegando um bocadinho por este "mar da palha" acostei por momento ... aqui... e gostei (muito) do ainda pouco que vi!
as palavras... o azul... o "aroma"
bom fim-de-semana
um sorriso :)
Obrigado, "Mariam". Bom fim-de-semana também e outro sorriso :)
O tempo não vivido é, de facto, um mal sem remédio. Contudo, é tranquilizadora a ideia de que nos resta o tempo por viver e é nesse que temos de apostar!
Belo poema.
Deixo um beijo pink :-)
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