segunda-feira, setembro 15, 2008

Cais















Foto TL, 2008
A sós, no cais, olhando o barco que partia,
não era de ti que me despedia,
mas de mim, que nessa hora
sem acenos me fui embora.

Descobridor de mares que nem sequer sabia
que nome tinham, se era noite ou dia,
por longo tempo naveguei
até que, por fim, voltei.

Mas do cais da largada não restava já
lembrança alguma e muito menos há
muralha onde acostar.
E, sendo tudo em volta mar e mar,
não me resta senão continuar.

9 Comments:

Blogger sum said...

Tudo isto é o que sinto hoje.
Por isso é bom vir aqui.
Sentir que não sinto sozinha,mesmo que seja só em palavras.

Um beijo.

1:51 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Um beijo também, cara Sum.

8:53 da manhã  
Blogger addiragram said...

Navegar, é, de facto, preciso.

Um abraço

10:24 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Certamente, Margarida.
Outro abraço.

8:54 da manhã  
Blogger CPrice said...

despedidas de nós? .. mais dificeis que despedidas de alguém, parece-me ..

Gostei *

11:38 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Bem mais difíceis, cara "Once".

1:10 da tarde  
Blogger Paula Crespo said...

A foto rima com o poema e este com a foto... uma espécie de círculo vicioso, que rima também com o sentimento descrito nos versos. Uma eterna espera?...
Parabéns pelos poemas e pelas fotos do seu blogue.

11:49 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, Paula. Volte sempre!

5:04 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

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6:00 da tarde  

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