Este país
Terreiro do Paço/Foto TL, 2008
Esta ideia de não valer a pena,
esta dúvida antiga e permanente,
esta raiva que insiste em estar presente,
este ar pesado que tudo envenena
Este agitado mar que não serena,
esta fria manhã, outrora quente,
esta lâmina fina e persistente,
esta dor que deixou de ser pequena
Este grito que nunca mais desata,
este nó apertado na garganta,
esta fome que é tanta, tanta, tanta,
este país amado que me mata.
esta dúvida antiga e permanente,
esta raiva que insiste em estar presente,
este ar pesado que tudo envenena
Este agitado mar que não serena,
esta fria manhã, outrora quente,
esta lâmina fina e persistente,
esta dor que deixou de ser pequena
Este grito que nunca mais desata,
este nó apertado na garganta,
esta fome que é tanta, tanta, tanta,
este país amado que me mata.
10 Comments:
um vibrante grito de alerta Torquato .. ! Oxalá chegasse a "orelhas moucas"
Beijinho e bom final de semana
"Ouvi-a", por uma daquelas vozes que entram pelo poema adentro e fazem-no pairar pelos ares...
Foi a sua força que me fez voar.
thanks for visiting us.
Catarina e Margarida:
Beijinhos e bom fim-de-semana!
Eu gosto muito do que escreve!
:))
Obrigado, cara Mdsol.
:))
Um grito numa revolta contida e silenciosa. Subscrevo e gostei imenso.
Beijos
Beijos também, querida Fatyly.
Já "espreito" os seus poemas há muito e apesar de, como nas outras vezes, as suas letras me calarem fundo na alma, não posso calar. Brilhante o grito
Ofender-se-ia se lhe dissesse que me parece um fado lindo?
Um bom dia.
Obrigada
Ora essa, Nocas, não me ofendo nada.
Um bom dia também para si e obrigado.
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