quarta-feira, julho 29, 2009

A liberdade

Cais da Rocha / Foto TL, 2009

Não esperem de mim que cante a ingrata
memória do tempo em que nasci,
quando o mundo gemia sob a pata
da besta nazi
e sofria a miséria
dos amanhãs que cantam na Sibéria.

Não esperem de mim que cante a herança
do ominoso rosto do século vinte,
quando a Europa, vestida de pedinte,
parecia descrer da esperança
de uma luz que lhe mostrasse
a outra face.

Esperem de mim que cante a liberdade,
pelo triunfo da poesia
e da verdade
sobre qualquer tirania.

6 Comments:

Blogger CPrice said...

Forte.
Muito Forte.

:) Mas gostei igualmente tanto quanto ..

4:55 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Ainda bem, Catarina.
Obgd e um bj.

6:05 da tarde  
Blogger jrd said...

Bravo!
Conta comigo para entrar no coro.

Vou passando por aqui sempre que possa.
Um abraço

9:41 da tarde  
Blogger addiragram said...

Só a luta pela Vida vale a pena!

11:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Quão forte, Torquato! =)
Mais houvessem...

Obrigada por nos presentear com a sua poesia.

Um beijo de uma grande admiradora do seu trabalho.

12:20 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Bem hajam pelas vossas palavras, caros JRD, Margarida e PINS.
Abraços e beijinhos.

9:44 da manhã  

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