O circo
De vez em quando havia circo na aldeia.
Os saltimbancos chegavam numa tarde qualquer
e sem aviso prévio armavam o trapézio
no largo ao lado da igreja.
Depois, percorriam as ruas com o bombo,
anunciando a festa.
Nós, os moços, ficávamos eufóricos
com aquela algazarra
e as roupas coloridas dos palhaços.
Nessas alturas, minha mãe contava sempre
a história da trapezista que um dia caíra lá de cima,
ficando, entre a vida e a morte,
ao cuidado da aldeia, que logo a adoptara
e a tratou como se fosse um dos seus.
De todos os circos que veria mais tarde,
jamais algum me deixou deslumbrado
como esses que, de vez em quando,
chegavam à minha aldeia.
(2005)
Os saltimbancos chegavam numa tarde qualquer
e sem aviso prévio armavam o trapézio
no largo ao lado da igreja.
Depois, percorriam as ruas com o bombo,
anunciando a festa.
Nós, os moços, ficávamos eufóricos
com aquela algazarra
e as roupas coloridas dos palhaços.
Nessas alturas, minha mãe contava sempre
a história da trapezista que um dia caíra lá de cima,
ficando, entre a vida e a morte,
ao cuidado da aldeia, que logo a adoptara
e a tratou como se fosse um dos seus.
De todos os circos que veria mais tarde,
jamais algum me deixou deslumbrado
como esses que, de vez em quando,
chegavam à minha aldeia.
(2005)
4 Comments:
E nós, pequeninos, acarretando as pequeninas cadeiras de atabua.
Isso mesmo, Toy: atabua! Vê tu bem que nem me lembrava do termo, que não ouço há uns 400 anos (pelo menos...).
Aquele abraço!
Gostei de ler e gostei desses moços que me lembraram o ano em que fiz estágio em Faro.
Gostei da tua poesia :)
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