Tudo
Tudo o que outrora soube e já esqueci:
os nomes, coisas, datas e lugares.
Todas as horas que passei sem ti,
na esperança de algum dia me encontrares.
Todas as noites em que adormeci
na ruidosa solidão dos bares.
Tudo o que sempre quis e não achei
ou, tendo achado, logo deitei fora.
Todos os sonhos que uma vez sonhei
e dos quais, afinal, me fui embora.
Tudo o que tive e nunca mais terei.
(2005)
os nomes, coisas, datas e lugares.
Todas as horas que passei sem ti,
na esperança de algum dia me encontrares.
Todas as noites em que adormeci
na ruidosa solidão dos bares.
Tudo o que sempre quis e não achei
ou, tendo achado, logo deitei fora.
Todos os sonhos que uma vez sonhei
e dos quais, afinal, me fui embora.
Tudo o que tive e nunca mais terei.
(2005)
2 Comments:
Amigo Torquato.
Essas coisas que vivemos, afinal, não se perdem, porque ficam na memória.
E a prova disso é esse poema.
Penso que a sua poesia está a aingir um grau de depuração que a torna aparentemente simples na forma, mas muito densa de significados e emoções.
Devo dizer que é a esse tipo de poesia que adiro mais imediatamente.
Podrei chamar a este poema um "Agri-doce"? É bonito mas é também amargo! Mas não foram belos esses sonhos? Estou certo que foram. E a ajuizar pelo que escreves, tiveste... Abbraccio. Paolo.
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