quinta-feira, março 17, 2005

Irmão das árvores

Indiferente ao calor, ao vento, ao frio,
poeta irmão das árvores, fixei
meus pés, minha raíz, junto de um rio,
na planície mais verde que encontrei.

Dei-me de abrigo às aves e escutei
seus cânticos de mágoa e de alegria.
Em flores e frutos sãos me derramei,
para gáudio da gente que os colhia.

E hoje, às folhas que sinto a cada hora
voarem-me dos ramos (ou dos braços?),
digo sem hesitar que há mais espaços
além deste em que o tempo se demora.

(2005)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Uma maravilha! Gostei muito.
Um beijo da
Joana

8:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Excelente poema. Lindíssimo. Bendito 2005 que nos dá tão belos poemas do Torquato. Bem haja e bom fim de semana.

3:41 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home