Irmão das árvores
Indiferente ao calor, ao vento, ao frio,
poeta irmão das árvores, fixei
meus pés, minha raíz, junto de um rio,
na planície mais verde que encontrei.
Dei-me de abrigo às aves e escutei
seus cânticos de mágoa e de alegria.
Em flores e frutos sãos me derramei,
para gáudio da gente que os colhia.
E hoje, às folhas que sinto a cada hora
voarem-me dos ramos (ou dos braços?),
digo sem hesitar que há mais espaços
além deste em que o tempo se demora.
(2005)
poeta irmão das árvores, fixei
meus pés, minha raíz, junto de um rio,
na planície mais verde que encontrei.
Dei-me de abrigo às aves e escutei
seus cânticos de mágoa e de alegria.
Em flores e frutos sãos me derramei,
para gáudio da gente que os colhia.
E hoje, às folhas que sinto a cada hora
voarem-me dos ramos (ou dos braços?),
digo sem hesitar que há mais espaços
além deste em que o tempo se demora.
(2005)
2 Comments:
Uma maravilha! Gostei muito.
Um beijo da
Joana
Excelente poema. Lindíssimo. Bendito 2005 que nos dá tão belos poemas do Torquato. Bem haja e bom fim de semana.
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