terça-feira, março 08, 2005

No campo

As veredas serpenteiam entre arbustos rasteiros
e nós vamos por elas como quem, sem rumo,
procura incessantemente uma lembrança longínqua.

De vez em quando há um frémito qualquer.
É um bicho assustado que rasteja
e se esconde entre o restolho.

As cigarras rebentam ao calor da tarde,
mas à nossa passagem silenciam
o seu canto antiquíssimo e monótono.

E nós lá prosseguimos, indiferentes
ao castigo do sol que cai a pique.

(2005)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei muito deste quadro campestre.
Bjs
Maria B.

6:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Adoro o campo e tudo que provenha dele: a sua poesia é magnifica.
Q.

8:24 da manhã  

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