sexta-feira, março 17, 2006

Imagens

Não é o mesmo, não, não é igual.
Dir-se-á que tanto faz, que não importa,
mas não é assim.

Quem viu a besta à solta
pelos campos desolados
não pode conformar-se
ou fazer de conta que nada aconteceu.

As imagens da morte acordam-nos,
em recorrentes pesadelos,
e há sombras a cada porta
que vêm reprovar-nos este tempo.

O horror acomoda-se
sobre o gás e as cinzas.

Não é o mesmo, não, não é igual.
Dir-se-á que tanto faz, que não importa,
mas não é assim.

(2006)

2 Comments:

Blogger mariagomes said...

bom poema, um poema que nos acorda!

beijinho
maria

2:06 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Um beijinho também, Maria.

10:27 da manhã  

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