As mãos
Olha bem as minhas mãos, vê como são
esguias e têm linhas firmes e seguras,
os dedos longos e as veias salientes,
estas mãos de quem muito amou.
Olha bem as minhas mãos, segue o desenho
que deixam quando percorrem
os recessos do teu corpo,
esse castelo habitável
embora erguido sobre areia movediça.
Olha bem as minhas mãos, vai no seu rastro
e verás como estão limpas e se agitam
em busca do que me escapa
e procuro ainda.
(2006)
12 Comments:
este poema é muito belo, já tinha dito, mas repito.
os meus parabéns.
um beijinho
maria
umas mãos assim são o sonho que orienta o caminho de uma mulher
Lindo, mesmo.
Maria, Luísa e Sofia:
Obrigado pelas vossas visitas e pelos simpáticos comentários.
"estas mãos de quem muito amou."
Lindo, muito lindo.
Um beijinho, Clarissa.
Olá Amigo Torquato!
Depois de uns dias sem aqui aparecer resolvi entrar e este não podia ser o poema menos indesejado!
É um lindo poema!!!
Um abraço forte de amizade e continuação de uma feliz inspiração. Ou será, também, transpiração?
bom estio
RPM
Caro Rui Pedro:
99% de transpiração e 1% de inspiração :)
Abraços.
"...Olha bem as minhas mãos, vai no seu rastro
e verás como estão limpas e se agitam
em busca do que me escapa
e procuro ainda."
... gostei muito, especialmente desta parte.
Um abraço ;)
Outro abraço, Menina.
(a propósito)
tens duas mãos quentes
dez dedos escuros podiam dedilhar
o meu corpo devoluto
tens um coração e dois
olhos como toda a gente mas não sei o que te reveste de tão puro
que ficas parecido
com a lua
in "Outros Frutos"
Muito bonito, Luísa.
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