O silêncio do medo
Foto TL
Repugna-me o silêncio dos cobardes,
os que vivem no medo das palavras
e entre si e o mundo erguem um muro
atrás do qual supõem desenhar
uma imagem certa para o futuro.
Antes o alarido dos que não hesitam
em partilhar sem peias nem temores
as alegrias, dúvidas e dores
que a todos nos habitam.
Só estes justificam o planeta
feito de sombras, mas também cores,
em que se move o poeta.
os que vivem no medo das palavras
e entre si e o mundo erguem um muro
atrás do qual supõem desenhar
uma imagem certa para o futuro.
Antes o alarido dos que não hesitam
em partilhar sem peias nem temores
as alegrias, dúvidas e dores
que a todos nos habitam.
Só estes justificam o planeta
feito de sombras, mas também cores,
em que se move o poeta.
12 Comments:
silêncio que, por vezes, se alastra como um polvo... beijo.
É verdade.
Outro beijo, Joana.
Pois é, Ricardo.
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Sophia de Mello Breyner Andresen
Carla:
Também gosto muito da Sophia. E fui amigo da pessoa a quem ela dedicou esse poema.
Torquato
Parabéns (atrasados) e muitos anos de vida!
Peço desculpa, mas tenho andado muito atarefada.
Não imaginas como gostei, hoje, de ler o teu poema. Bem hajas!
Beijos
Beijos também, Susana. Obrigado!
PARABÉNS atrasados... e parabéns por este poema! A poesia tem o condão de tornar palavra aquilo que por vezes a alma silencia!
beijinhos
Subscrevo Total-Mente!
Obrigado e beijinhos, Sofia e Addiragram.
Também me repugna e só um poeta como tu poderia dizer tanto em tão poucas palavras.
Aquele abraço sincero:)
Outro abraço, igualmente sincero, Fatyly.
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