segunda-feira, dezembro 03, 2007

O silêncio do medo















Foto TL
Repugna-me o silêncio dos cobardes,
os que vivem no medo das palavras
e entre si e o mundo erguem um muro
atrás do qual supõem desenhar
uma imagem certa para o futuro.
Antes o alarido dos que não hesitam
em partilhar sem peias nem temores
as alegrias, dúvidas e dores
que a todos nos habitam.
Só estes justificam o planeta
feito de sombras, mas também cores,
em que se move o poeta.

12 Comments:

Blogger Joana Roque Lino said...

silêncio que, por vezes, se alastra como um polvo... beijo.

9:44 da tarde  
Blogger Ricardo António Alves said...

É verdade.

11:52 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Outro beijo, Joana.

Pois é, Ricardo.

10:01 da manhã  
Blogger CMondim said...

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Sophia de Mello Breyner Andresen

12:53 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Carla:
Também gosto muito da Sophia. E fui amigo da pessoa a quem ela dedicou esse poema.

1:47 da tarde  
Blogger Susana Barbosa said...

Torquato

Parabéns (atrasados) e muitos anos de vida!
Peço desculpa, mas tenho andado muito atarefada.
Não imaginas como gostei, hoje, de ler o teu poema. Bem hajas!

Beijos

9:53 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Beijos também, Susana. Obrigado!

8:59 da manhã  
Blogger Sofia K. said...

PARABÉNS atrasados... e parabéns por este poema! A poesia tem o condão de tornar palavra aquilo que por vezes a alma silencia!
beijinhos

10:23 da tarde  
Blogger addiragram said...

Subscrevo Total-Mente!

11:56 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado e beijinhos, Sofia e Addiragram.

9:05 da manhã  
Blogger Fatyly said...

Também me repugna e só um poeta como tu poderia dizer tanto em tão poucas palavras.

Aquele abraço sincero:)

6:50 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Outro abraço, igualmente sincero, Fatyly.

8:30 da tarde  

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