O objecto da poesia
Lisboa e Tejo
O verdadeiro objecto da poesia
é preservar a beleza do mundo.
Todo o poema que não chega ao fundo
do túnel, onde a vida principia
com sua luz de espanto e maresia,
limita-se a ficar a meio da estrada
e em rigor não serve para nada.
Poesia é construção, busca sem fim
do que há-de estar além do que se avista.
Não pode ser sacola de turista
nem simples flor que perfuma o jardim.
Tem de ser instrumento de combate
e dar caminhos novos ao enredo
da vida, sem recuos perante o medo
de que a tomem por mero disparate.
é preservar a beleza do mundo.
Todo o poema que não chega ao fundo
do túnel, onde a vida principia
com sua luz de espanto e maresia,
limita-se a ficar a meio da estrada
e em rigor não serve para nada.
Poesia é construção, busca sem fim
do que há-de estar além do que se avista.
Não pode ser sacola de turista
nem simples flor que perfuma o jardim.
Tem de ser instrumento de combate
e dar caminhos novos ao enredo
da vida, sem recuos perante o medo
de que a tomem por mero disparate.
11 Comments:
E quem a toma? A poesia é uma permanente demanda.
Um abraço.
Quem a toma, Margarida? É ver a displicência com que habitualmente se encaram os poetas...
Um abraço também.
Porque o poeta pode ser um fingidor, mas a poesia, essa, tem de ser verdadeira...
Nada mais verdadeiro, caro JRD.
Pelo sonho é que vamos
Abraço
É isso, caro E. Filipe.
Abraço também.
Vamos todos tentar preservar
a beleza do mundo,
escrevendo
ou pelo menos lendo boa poesia
como esta.
Um abraço
Um abraço também, caro Vieira Calado.
.. a sua cumpre Caro Poeta. E mais, excede .. :)
Beijinho de saudades de o ler, vou parar um pouco por aqui.
Catarina
Outro beijinho, Catarina.
Isso mesmo... Sonhar,fazer uma busca infinita!
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