segunda-feira, março 29, 2010

Solidão

"Cocktail" de azulejos numa (nova) loja do Rossio

Por mais que cortes o canavial,
ele acaba por renascer
e voltar ao destino de conter
nas margens, bem ou mal,
as águas da ribeira.
Aliás, sem forçar o natural
curso da vida, não se vê maneira
de a coisa ser diferente.
Também a gente
vai construindo aos poucos a barreira
que nos afasta dos demais,
minimizando os sinais
da progressiva solidão.
E, sempre que o coração
a consegue abater,
ela irrompe e torna a crescer.

7 Comments:

Blogger Obtuso said...

... tal qual erva daninha, a solidão!

Gostei muito.
Abraço e saúde.

10:50 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraço e saúde também.
E boa Páscoa, caro Tibério!

2:43 da tarde  
Blogger Mar Arável said...

Como o irrepetível

ciclo das marés

Abraço poeta

6:00 da tarde  
Blogger jrd said...

Ai solidão, solidão!
Vai e vem.
Abraço

7:04 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraços também, caros Filipe e JRD!

8:32 da tarde  
Blogger Márcia Maia said...

E cresce sempre.

A foto lembra demais uma casa daqui, do outro lado do mar, decorada com sobras de azulejos.

12:15 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Já coloquei o "Itinerário" na coluna ao lado, cara Márcia.
Um bj.

9:51 da manhã  

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