Armação de Pêra
Armação de Pêra
Tirem-me tudo: os dedos, os anéis,
a reserva de sonho e de quimera,
mas não sejam cruéis,
não me tirem Armação de Pêra.
Não me tirem o resto da infância
que sei ter deixado aqui
nem esta luz que à distância
me segue desde que parti.
Não me tirem o verde-azul do mar
nem os barquinhos balançando à espera
dos turistas que hão-de ir visitar
as furnas de Armação de Pêra.
Mas sobretudo não me tirem este sol
e a caldeirada do Serol.
Tirem-me tudo: os dedos, os anéis,
a reserva de sonho e de quimera,
mas não sejam cruéis,
não me tirem Armação de Pêra.
Não me tirem o resto da infância
que sei ter deixado aqui
nem esta luz que à distância
me segue desde que parti.
Não me tirem o verde-azul do mar
nem os barquinhos balançando à espera
dos turistas que hão-de ir visitar
as furnas de Armação de Pêra.
Mas sobretudo não me tirem este sol
e a caldeirada do Serol.
6 Comments:
eles não se importam
são capazes de levar tudo
até os sonhos e o mar...
que deixem ao menos os poetas
para cantar...
Sempre inspirado, caro Tibério... Gostei muito.
Aquele abraço!
Que bom proveito te façam sempre, o sol e a caldeirada.
Abraço
Obrigado, amigo JRD.
Outro abraço.
Uma grande ternura. Bonito.
Um beijo.
Um beijo também, cara Margarida.
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