Retrato
Acrílico sobre tela/TL, 2003
Um poço de ternura.
Cisterna que decanta
o líquido pastoso da loucura
que de súbito em si se eleva e canta.
Reserva frágil de emoções.
Um forno em que se coze
a sede insaciável que lhe impõe
que viva e ouse.
Floresta agora e logo após deserto.
Árida aresta daquilo que o chama.
Não sabendo de nada, apenas certo
da certeza invencível de quem ama.
Cantil de raiva que destila medo,
gato de unhas e patas aguçadas,
rasga o pano da noite e com um dedo
acusa as madrugadas.
Um poço de ternura.
Cisterna que decanta
o líquido pastoso da loucura
que de súbito em si se eleva e canta.
Reserva frágil de emoções.
Um forno em que se coze
a sede insaciável que lhe impõe
que viva e ouse.
Floresta agora e logo após deserto.
Árida aresta daquilo que o chama.
Não sabendo de nada, apenas certo
da certeza invencível de quem ama.
Cantil de raiva que destila medo,
gato de unhas e patas aguçadas,
rasga o pano da noite e com um dedo
acusa as madrugadas.
6 Comments:
Terrivelmente belo.
Abraço
Um forte abraço também, caro JRD.
Há alquimia nesta pintura!
Abraço
Grato pela visita e pela alquimia, retribuo o abraço com muito gosto, Rosa dos Ventos.
Belo poema! Parabéns!
Obrigado, Margarida.
(As férias foram boas?)
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